A Assunção da Santíssima Virgem Maria, celebrada solenemente em 15 de agosto, é um dogma da fé católica definido pelo Papa Pio XII em 1950. Através da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus, o pontífice declarou: “A Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre foi assunta em corpo e alma à glória celestial”. No Brasil, a solenidade é transferida para o domingo seguinte, que neste ano é 18 de agosto.
O dogma da Assunção afirma que a Mãe de Deus, ao término de sua vida na Terra, foi elevada em corpo e alma à glória do céu. Conforme explica o Catecismo da Igreja Católica, “a Assunção da Santíssima Virgem constitui uma participação singular na Ressurreição do seu Filho e uma antecipação da Ressurreição dos demais cristãos” (966). A presença de Maria, um ser humano como nós que já se encontra glorificada no Céu em corpo e alma, é um sinal de esperança e uma antecipação de nossa própria ressurreição.
Essa esperança foi destacada pelo Papa Bento XVI em uma celebração da solenidade em 2010. Ele afirmou: “Nesta solenidade da Assunção, contemplamos Maria: ela nos enche de esperança a um futuro repleto de alegria e nos ensina o caminho para alcançá-lo: acolher na fé o Seu Filho; nunca perder a amizade com Ele, deixando-nos iluminar e guiar pela Sua Palavra; segui-lo cada dia, inclusive naqueles momentos nos quais sentimos que nossas cruzes ficam pesadas. Maria, a arca da Aliança que habita no santuário do céu, nos indica com claridade luminosa que estamos em caminha à nossa verdadeira Casa, a comunhão da alegria e da paz com Deus”.
São João Paulo II também refletiu sobre o significado do dogma em diversas ocasiões. Em uma de suas catequeses, ele explicou: “O dogma da Assunção, afirma que o corpo de Maria foi glorificado depois de sua morte. Com efeito, enquanto para os demais homens a ressurreição dos corpos ocorrerá no fim do mundo, para Maria a glorificação do seu corpo se antecipou por singular privilégio”.
Na audiência geral de 9 de julho de 1997, João Paulo II detalhou ainda mais essa importância: “Contemplando o mistério da Assunção da Virgem, é possível compreender o plano da Providência Divina com respeito a humanidade: depois de Cristo, Verbo Encarnado, Maria é a primeira criatura humana que realizou o ideal escatológico, antecipando a plenitude da felicidade prometida aos eleitos mediante a ressurreição dos corpos”.
Ao celebrar a solenidade naquele mesmo ano, ele também ressaltou o papel de Maria como um guia espiritual: “Maria Santíssima nos mostra o destino final dos que ‘escutam a Palavra de Deus e a cumprem’ (Lc 11,28). Estimula-nos a elevar nosso olhar às alturas onde se encontra Cristo, sentado à direita do Pai, e onde também está a humilde escrava de Nazaré, já na glória celestial”.
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